Thursday, April 30, 2015

BRAZIL: Santo Amaro: construção de indústria de cimento deve iniciar em 2016

O diretor de Projetos da Companhia Industrial de Cimento Apodi, Túlio da Silva Pinto, passou detalhes da instalação da terceira fábrica do grupo no Brasil, que será instalada em Santo Amaro das Brotas, durante uma reunião no município. Ele se reuniu com o prefeito Luís Herman (Chileno) e secretários municipais para passar todas as informações do andamento do projeto, que foi confirmado no ano passado graças a uma intermediação do governador Jackson Barreto (PMDB).

Ele explicou que um dos fatores que levou o grupo a trazer esse investimento para Sergipe foi o fato de Santo Amaro possuir uma grande reserva de calcário com melhor qualidade para fabricação de cimento. “A questão de trazer pra um município que hoje é carente de recursos, diferente de uma prestadora de serviços, uma indústria vem pra ficar. A fábrica que vai ser instalada na cidade tem uma vida não menor do que 200 anos. Existe o recurso minerário aqui que vai possibilitar essa durabilidade”, destacou o engenheiro da Apodi.

Segundo Túlio, a indústria vai gerar 500 empregos diretos e outros 1.500 indiretos. As vagas serão distribuídas em 20% para engenheiros (nível superior), 50% para nível técnico e 30% para nível médio. “Durante a implantação será gerado em torno de 2.500 empregos. Depois de funcionar, fora os 500 empregos diretos, existe todo um fomento do município pra transporte, alimentação e hospedagem. Isso gera cerca 1.500 empregos indiretos”, explicou.

O município receberá uma fábrica muito maior que a do Ceará. Para Túlio, Sergipe será consolidado como o maior produtor de cimento do Nordeste após a instalação da nova unidade. “Vai transformar Sergipe e transformar Santo Amaro num período de 5 a 10 anos em um dos municípios mais prósperos de Sergipe. Além de agregar ao Estado escolas profissionalizantes, pois a fábrica vai demandar que esse pessoal seja profissionalizado. E eu tenho certeza que vai trazer de volta pra casa aquelas pessoas nascidas e criadas aqui e que estão trabalhando hoje em outros lugares por não ter aqui possibilidade de emprego”.

PROSPERAR

A previsão é de que a fábrica gere cerca de R$ 20 milhões de impostos para o município, isso quer dizer que com a implantação da Apodi, a receita da cidade irá triplicar. “Com todas as crises que hoje estamos passando, Santo Amaro vê uma luz no fim do túnel. Estamos implantando indústrias, como essa fábrica da Apodi, que deverá daqui a quatro anos colocar Santo Amaro como a terceira cidade mais rica do Estado. Isso é um orgulho para mim como prefeito ver Santo Amaro, que tem 371 anos, receber pela primeira vez uma indústria”, destacou, orgulhoso, Chileno.

“Esse é um sonho de décadas, o sonho de ter uma indústria, de empregar seus filhos, de empregar seus netos, suas esposas. Essa indústria será como forma de um futuro melhor para o povo, também estará gerando empregos próprios e impostos para a cidade. Assim poderei dar uma melhor vida para o povo de Santo Amaro, uma qualidade melhor, uma segurança melhor, uma saúde melhor, educação melhor e uma parte social que todo mundo espera com igualdade para todos”, completou o prefeito.

Chileno destacou o papel fundamental de Jackson Barreto, que conseguiu convencer o proprietário do grupo a tirar da Bahia e trazer para Sergipe sua terceira fábrica. “Agradeço ao nosso governador por todo esforço que tem feito para nos ajudar. O município está ciente da importância dele politicamente para trazer essa indústria para Santo Amaro. Falando pelo povo, agradecemos ao governador por lembrar da nossa pequena cidade, tão antiga e tão abandonada. O progresso está chegando e iremos vencer a crise com trabalho, e é isso que estamos fazendo”, finalizou Chileno.

BRAZIL: Lava Jato pode empurrar Cimento Tupi para "default"

As investigações da Operação Lava Jato já levaram duas empresas a pedirem recuperação judicial.

Agora, as negociações com os títulos de dívida da Cimento Tupi AS no exterior mostram o risco de que ela seja a próxima a seguir no mesmo caminho.

Os títulos em dólar da empresa que somam US$ 185 milhões e 2018 tiveram queda no seu valor de 70 por cento neste ano, puxados principalmente pela contaminação indireta de acusações de pagamento de propina em troca de contratos de construtoras com a Petrobras.

A 27 centavos de dólar, o valor dos papéis indica que credores estão se preparando para um eventual default da Tupi no pagamento de juros previsto para o dia 11 de maio, de acordo com a Galloway Gestora de Recursos e a Bulltick LLC.

O caso da Tupi é um símbolo do dano indireto causado pela investigação em um momento em que a economia do Brasil passa por dificuldades.

Após o início da Operação Lava Jato, a Galvão Engenharia SA e a OAS SA deixaram de pagar juros de títulos de dívida e entraram com pedido de recuperação judicial por alegada dificuldade de acesso a crédito.

“Podemos definitivamente ver um cenário de contágio no Brasil quando se trata de empresas de construção civil e segmentos relacionados a ela”, disse Patrik Kauffman, gerente de recursos da Solitaire Aquila Ltd., Zurique.

Cesar Lage, diretor financeiro da Tupi, não respondeu a mensagem telefônica e a e-mail pedindo comentários sobre a queda no preço dos títulos e sobre o pagamento previsto para os cupom da dívida.

‘Tempestade perfeita’

A Tupi, que tem sede no Rio de Janeiro, tinha R$ 9,4 milhões (US$ 3,18 milhões) em caixa e equivalentes de caixa em dezembro, segundo dados da empresa.

A Fitch Ratings reduziu o rating da Tupi para CCC, oito níveis abaixo de junk (grau especulativo), no dia 20 de março, mencionando os baixos níveis de caixa da companhia.

“Houve uma tempestade perfeita no cenário do crédito no Brasil após” a investigação da Petrobras, disse Jay Djemal, analista da Fitch, de Chicago. “Elas têm uma grande restrição da capacidade de refinanciamento por meio de um número diversificado de fontes”.

Empréstimos para o setor da construção em geral secaram depois que a Petrobras proibiu 27 empreiteiras citadas na Lava Jato de apresentarem ofertas para novos contratos.

No início deste mês, o Grupo Schahin, que tem operações nos setores de construção, engenharia e petróleo e gás, também procurou proteção contra credores para 28 de suas empresas no Brasil.

Os US$ 651 milhões em bonds com vencimento em 2022 e emitidos por uma de suas unidades financeiras despencaram cerca de 45 por cento neste ano, para 44,5 centavos de dólar.

Perspectiva de crescimento

A Schahin, a Galvão Engenharia e a OAS negaram as acusações contra elas.

Os bonds da Tupi agora têm um yield 60,55 pontos porcentuais maior do que os títulos do Tesouro dos EUA -- bastante acima do limite dos títulos considerados na faixa “distressed”, segundo dados compilados pela Bloomberg.

“O mercado já está dizendo à empresa o que fazer”, que é reestruturar, disse Ulisses de Oliveira, gestor de portfólio da Galloway Gestora de Recursos em São Paulo, por e-mail.

O que agrava ainda mais a falta de financiamento de empresas como a Tupi é a contração esperada para a economia do Brasil, que deverá ser a maior em 25 anos.

“Essa empresa definitivamente pode ser vista como outra vítima dos principais problemas pelos quais o Brasil está passando”, disse Klaus Spielkamp, chefe de vendas de renda fixa da Bulltick LLC, de Miami.

INDIA: Shree Cement buys Jaypee Cement unit for Rs 358 crore

Shree Cement has completed the acquisition of a cement-grinding unit of Jaiprakash Associates for Rs 358 crore.

The acquisition of the 1.5-million-tonnes-per-annum (mtpa) unit of Jaiprakash Associates, situated at Panipat, has been consummated, Shree Cement said in a filing to the BSE on Monday.

In August last year, the board of Jaiprakash Associates had approved the sale of the unit on a going concern basis to Shree Cement.

After this transaction, Jaypee Cement continues to be India's third largest manufacturer, with an aggregate capacity of over 29 million tonnes a year.

After the acquisition, Shree Cement's capacity stands at 19 mtpa, with facilities in Rajasthan, Uttarakhand, Bihar, and Haryana. The company sells cement under the brand name of Shree Ultra and Bangur.

In September 2014, fair trade watchdog Competition Commission of India had cleared the deal and noted that after the transaction, the market share of Shree Cement will go up by three per cent to 26 per cent.

In 2013, India's largest cement maker, UltraTech Cement, had acquired the Gujarat cement unit of Jaypee Cement Corporation for Rs 3,800 crore.

Shares of Shree Cement on Monday closed at Rs 9,947 apiece on the BSE, down by 0.5 per cent over the previous close.