Tuesday, February 17, 2015

BRAZIL: Construtores visitam fábrica que diminuirá déficit de cimento no MA

Empresários dos sindicatos ligados à FIEMA conheceram a planta industrial, que tem capacidade para produzir 500 mil toneladas do produto por ano. A indústria foi inaugurada há um mês.

Uma comitiva de aproximadamente 20 empresários ligados à Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) e liderada pelo presidente da entidade, Edilson Baldez das Neves, visitou a unidade fabril da Cimar – Cimentos do Maranhão S/A. Inaugurada há um mês na BR-135, em São Luís, a fábrica da marca Cimento Bravo tem capacidade e tecnologia para produzir 3.600 sacos de cimento por hora, totalizando 500 mil toneladas do produto por ano.

A unidade fabril pertence à Cimento Portland Participações – CPP, holding da Queiroz Galvão e Cornélio Brennand, e é a primeira de uma série de quatro empreendimentos previstos para serem construídos no Brasil nos próximos dez anos.

Da visita, participaram empresários maranhenses do setor da construção, tanto os filiados ao Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Maranhão (Sinduscon-MA) como ao Sindicato das Indústrias da Construção Pesada do Estado do Maranhão (Sincopem).

“Estamos conhecendo esta nova fábrica inaugurada em nosso estado, inclusive, acompanhados do empresariado da construção civil, que é quem consome esse produto, e ratificando o nosso apoio à empresa, de quem o Sistema FIEMA é parceiro desde o início da instalação, com a qualificação da mão de obra pelo SENAI”, afirmou Baldez.

O grupo foi recebido pelo diretor-presidente da Cimento Bravo, Rogerio Notare, acompanhado do gerente de Operações, Marcio Paolucci, e do gerente Comercial, Gileno de Oliveira.

Segundo informou o diretor-presidente da empresa, a Cimar comercializa cimento do tipo CPII-E-32, da marca Cimento Bravo desde sua inauguração em São Luís, em dezembro de 2014. Sua planta industrial está localizada em uma área de 18 hectares, às margens da BR-135 e próximo à Ferrovia Transnordestina e ao Porto do Itaqui, o que facilita a obtenção de matérias-primas e a distribuição. Atualmente a produção é direcionada ao pronto atendimento do mercado de São Luís e das demais cidades do Maranhão e chega também ao Piauí e ao Pará.

No processo de fabricação, a empresa reaproveita a escória proveniente da indústria siderúrgica de Açailândia, no sul do Maranhão. Este subproduto da fabricação de ferro-gusa é considerado um insumo estratégico fundamental para a competitividade do cimento e sua utilização tem efeitos positivos na preservação do meio ambiente. Além da escória, também são utilizados na fabricação do cimento, calcário, gesso (adquirido também do sul do Maranhão) e clínquer, que a empresa importa pelo Porto do Itaqui.

Para fazer a descarga do clínquer dos navios no porto do Itaqui, a Cimar é pioneira no Maranhão na utilização de moegas ecológicas, um equipamento desenvolvido aqui no Estado, que maximiza a eficiência nas operações, evitando desperdícios e reduzindo a emissão de particulados.

“A Cimento Bravo é uma indústria limpa e nossos custos operacionais estão em conformidade com rigorosos sistemas de qualidade e controle de emissão de particulados”, comentou Notare.

Para armazenagem do produto, a fábrica possui quatro silos com capacidade para 1500 toneladas cada um, totalizando 6 mil toneladas. A produção é entre 50 e 60 mil toneladas de cimento por mês e 3.600 sacos de cimento por dia.

Mercado

Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção (SNIC), o Maranhão consumiu, somente em 2013, cerca de 1,5 milhão de toneladas de cimento no ano, mas a produção dentro do estado chegou próximo a 800 mil toneladas.

“Sabemos que o mercado do Maranhão vem sofrendo, sistematicamente, com a falta de cimento e com a implantação desta fábrica contribuímos positivamente para sanar esse déficit”, afirmou o diretor-presidente da empresa.

Atualmente, a Cimar gera 80 empregos diretos e mais de 300 indiretos, sendo 90% desses trabalhadores maranhenses, todos qualificados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para atuarem na unidade fabril.

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