De acordo com a informação enviada hoje pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a evolução dos lucros do grupo deve-se essencialmente à "redução do EBITDA total ((lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em cerca de 14,1 milhões de euros", ao "aumento das amortizações e perdas por imparidade", em 1,4 milhões de euros, e à reversão das provisões no valor de 5,8 milhões de euros.
Outros fatores que contribuíram para o resultado líquido obtido relacionam-se com o agravamento dos resultados financeiros líquidos em 10 milhões de euros, face ao período homólogo (para 77,9 milhões de euros negativos) e a diminuição dos impostos cobrados à Semapa, de 27,3 milhões de euros.
Quanto ao volume de negócios consolidado do grupo, aumentou 0,7% nos primeiros nove meses, face ao período homólogo de 2013, para 1.482,4 milhões de euros. Deste valor, as exportações e vendas no exterior representaram 80,1%, totalizando 1.187,7 milhões de euros.
Por áreas da empresa, foi o negócio da pasta e papel que representou a maior fatia das receitas do grupo até ao final de setembro, traduzindo-se em 1.138 milhões de euros de volume de negócios.
Em causa esteve um crescimento de 0,1% no volume de negócios da pasta e papel, face aos primeiros nove meses de 2013, "com o aumento expressivo do volume de vendas de papel a compensar o efeito negativo da evolução dos preços da pasta e papel", indicou o grupo.
Quanto ao negócio do cimento, cujas receitas aumentaram quatro por cento, para 326,5 milhões de euros, o grupo atribui este desempenho "maioritariamente à boa performance das operações de exportação de cimento e clínquer a partir de Portugal, cujo volume de negócios cresceu 22,9% face ao ano transato, e da unidade de negócios de cimento da Tunísia, que apresentou um crescimento de 10,1%".
Já na área do ambiente, o volume de negócios decresceu 17,2% nos primeiros nove meses do ano, em termos homólogos, para 18 milhões de euros.
Por seu turno, o EBITDA total do grupo Semapa decresceu cerca de 4,5% entre janeiro e o final de setembro, face ao mesmo período do ano anterior, atingindo 298,4 milhões de euros, informa também a mesma entidade.
A dívida líquida consolidada reduziu-se em 119,6 milhões de euros face ao valor que tinha no final do exercício de 2013, passando para 1.165,7 milhões de euros registados a 30 de setembro.
"Esta evolução deveu-se essencialmente à redução do nível de endividamento em todos os segmentos", afirma a Semapa.
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