Importante produto usado em reformas e construções, o cimento está escasso nos estoques de alguns estabelecimentos comerciais da cidade. O argumento que chega das fábricas ao varejo é de que a demanda cresceu e não há produção suficiente para atendê-la plenamente. Em razão disso, proprietários de algumas lojas caxienses deixam de contemplar novos clientes, já que mal conseguem atender as solicitações de fregueses antigos.
— Todo dia deixamos de vender e não é por causa do preço, mas por falta de produto. Desde sexta-feira, não tem um saco de cimento no nosso depósito e não sei se nesta semana vamos conseguir repor. Mesmo programações feitas com antecedência não estão sendo atendidas pelas fábricas — queixa-se Giovani Gaboardi, dono de uma loja de materiais de construção do bairro São Caetano.
No estabelecimento de Paulo Rossi, no bairro São Ciro, a clientela até está sendo atendida, só que num intervalo de tempo mais prolongado. Rossi explica que, antes, fazia o pedido pela manhã e, à tarde, já recebia o produto. Hoje, o cimento chega à sua loja uns cinco dias após a solicitação para a fábrica.
Vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Caxias do Sul (Sinduscon), Valdemor Antonio Trentin, destaca que o sindicato não recebeu queixas referentes à ausência de cimento no mercado e frisa a importância de quem atua no ramo trabalhar com pedidos previamente estabelecidos.
— Para quem trabalha com programação, não deve faltar produtos. Hoje, não temos conhecimento sobre problemas de falta de cimento. Na construção civil, é preciso agir como a indústria em relação ao aço, com pedidos feitos previamente. Se não houver essa programação, aí pode afetar o consumidor final. E, para a compra de alguns produtos, como revestimento de cerâmica, por exemplo, o consumidor também tem de se programar — orienta Trentin.
Em nota à imprensa, a Votorantim Cimentos, uma das empresas que abastece o Rio Grande do Sul, informa que suas fábricas em Pinheiro Machado (RS) e Esteio (RS) "operam a pleno vapor para abastecer o aquecido mercado local". Além disso, "está destinando mensalmente cerca de 350 mil sacos de cimento de sua fábrica em Rio Branco do Sul (PR) à região, reforçando assim seu abastecimento".
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