As vendas do varejo de material de construção, no primeiro bimestre de 2015, ficaram no mesmo patamar do primeiro bimestre de 2014. Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Universidade Anamaco com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer, Afeal e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 24 a 27 de fevereiro e a margem de erro é de 4,3%.
De acordo com a pesquisa, cimento foi o segmento que mais cresceu no bimestre (4,5%), seguido por louças e metais sanitários (4%), tintas (3%), e revestimentos cerâmicos (2,5%).
Já o desempenho no mês de fevereiro ficou 6% abaixo do registrado em janeiro e, na comparação com fevereiro de 2014, a retração foi de 2%.
- Esse é um comportamento típico dessa época do ano, em função ainda do efeito férias, pagamento de IPTU e IPVA e do Carnaval. Fevereiro já é um mês mais curto, mas com o feriado de Carnaval ficou ainda menor. De qualquer forma, para nós é extremamente positivo que, mesmo com o feriado, ainda tenhamos mantido o mesmo desempenho do primeiro bimestre do ano passado. Alguns segmentos pesquisados, inclusive, apresentaram índices superiores ao do mesmo período de 2014 - declara Cláudio Conz, presidente da Anamaco.
Segundo ele, os lojistas estão otimistas para recuperar parte das vendas já no mês de março.
- No Brasil, o ano só começa depois do Carnaval e o Carnaval ficou em fevereiro. Justamente por isso, teremos um mês de março repleto de dias úteis, que já começa com dois dos principais evento do setor na América Latina - a Revestir (de 03 a 06 de março no Expo Transamérica) e a Feicon Batimat (de 10 a 14 de março no Anhembi) que, juntas devem movimentar mais de R$ 600 milhões em negócios entre as indústrias e os comerciantes - revela.
A expectativa da Anamaco é que o desempenho do setor no primeiro trimestre do ano fique 3% acima do registrado em 2014.
- Se isso se confirmar, manteremos nossa projeção de crescimento de 6% em 2015. Para isso, estamos contando com uma agenda positiva na qual a queda nas vendas registrada por setores importantes na economia em geral, como automóveis e viagens, deve nos beneficiar. Esses setores são nossos concorrentes diretos e têm uma influência muito grande no bolso do consumidor. Com a retração desses segmentos, temos uma movimentação muito intensa de bancos e financeiras querendo completar suas metas e redirecionando os financiamentos do grupo de automóveis e viagens para material de construção - afirma o presidente da Anamaco.
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