Sergipe é o maior produtor de cimento da região Nordeste, com a produção em 2013 de 3.300.000 toneladas
O presidente do Cimento Apodi, Adauto Farias, relatou ao governador Jackson Barreto análises dos estudos que possibilitarão a localização da planta cimenteira no município de Santo Amaro das Brotas
Com um R$ 1 bilhão a ser investido em Sergipe, a partir da implantação de uma indústria de cimento no estado, o Grupo M. Dias Branco/Apodi apresentou ao governador Jackson Barreto, nesta quarta-feira, 04, análises dos estudos que possibilitarão a localização da planta cimenteira no município de Santo Amaro das Brotas, distante 41 quilômetros de Aracaju.
Na audiência, o presidente do Cimento Apodi, Adauto Farias, o diretor operacional da empresa, Túlio Silva e o representante do Grupo M. Dias Branco em Sergipe, Guilherme Bevilaqua, informaram ao governador que foram identificados alguns obstáculos técnicos.
Jackson Barreto garantiu o empenho do Governo do Estado para buscar soluções que possibilitem a concretização do projeto da Companhia Industrial de Cimento Apodi, do grupo M. Dias Branco, que gerará, quando em pleno funcionamento, cerca de 500 empregos e 2 mil empregos durante o período de implantação.
“A direção do Grupo Apodi veio discutir conosco alguns obstáculos apresentados para exploração da matéria-prima necessária para o funcionamento da fábrica, o calcário. Nós não podemos perder um investimento desta proporção, uma empresa que vai empregar 2.000 pais e mães de famílias durante seu processo de instalação, e depois da inauguração vai gerar mais de 500 empregos em uma região como Santo Amaro das Brotas e toda aquela redondeza, uma localidade extremamente pobre e muito carente de emprego. Então, vamos trabalhar com o objetivo de afastar essas dificuldades que apareceram e buscar uma discussão técnica com as partes envolvidas. Estamos dispostos a dar o melhor dos nossos esforços no sentido que o processo continue e a fábrica seja implantada rapidamente”, disse o governador.
Em 2014, o Grupo Apodi deu início aos estudos de avaliação da jazida de calcário, localizada em Santo Amaro das Brotas, para tanto, o protocolo de intenções foi celebrado entre a empresa e o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec). Segundo Túlio Silva, até o momento, só nesta área de pesquisa já foram investidos pela Apodi cerca de R$ 2 milhões.
Para o presidente do Cimento Apodi, Adauto Farias, além dos empregos gerados, o grande benefício da instalação da fábrica no estado é a possibilidade de, através da ampla concorrência, baixar o preço do produto, que é um dos mais consumidos no mundo. “O melhor benefício com a chegada de uma fábrica desse tamanho é a possibilidade de o mercado baixar o preço do cimento, produto que é o segundo mais consumido no mundo, depois da água. O pobre, o rico, o Estado precisa do cimento para construir casas, obras públicas e a possibilidade de baratear esse produto beneficia a todos”, disse.
A reunião contou com a participação do vice-governador, Belivaldo Chagas, dos secretários de Estado da Sedetec, Francisco Dantas e do Meio Ambiente, Olivier Chagas; do superintendente executivo da Sedetec, Carlos Augusto Franco e do diretor presidente da Codise, Sérgio Reis.
Produção de cimento
Sergipe é o maior produtor de cimento da região Nordeste, com a produção em 2013 de 3.300.000 toneladas, apresentando uma alta de 7,5% em relação a 2012. O resultado expressa a grande importância deste segmento industrial no estado de Sergipe, que deverá crescer com a implantação de nova unidade do Grupo Brennand e com a ampliação das cimenteiras da Votorantim e Nassau, confirmando o estado na condição de maior produtor de cimento da região Nordeste.
A Brennand planeja construir uma unidade em Laranjeiras, um investimento de R$ 366 milhões. Já a Votorantim e a Nassau, do grupo João Santos, investem na expansão da produção. A Votorantim destinou R$ 72,2 milhões ao aumento da capacidade de sua fábrica em Laranjeiras, enquanto a Nassau investiu R$ 68 milhões na modernização da unidade em Nossa Senhora do Socorro. São investimentos superiores a R$ 500 milhões, com a geração de mais de 2.000 empregos diretos e indiretos.
O grupo Dias Branco
Contando com mais de meio século de existência, a M. Dias Branco S.A surgiu em 1936 a partir de um empreendimento de Manuel Dias Branco, uma padaria na cidade de Cedro, Ceará. Hoje, o Grupo possui 14 fábricas e 13 distribuidoras, onde são gerados cerca de 16.000 empregos diretos em diversos estados do Nordeste, inclusive em Sergipe, onde mantém operações de distribuição comercial.
O Grupo M. Dias Branco é uma empresa de capital aberto com ações listadas na Bovespa, com faturamento anual de mais de R$ 4 bilhões, figurando entre os maiores grupos empresariais do país, sendo o quarto maior fabricante de massas e sexto maior fabricante de biscoitos do mundo. Atualmente, o grupo é líder em fabricação de massas e biscoitos na América Latina. O Grupo atua nos segmentos de trigo, snacks, bolos, refino de óleo, gorduras, margarinas, cremes vegetais, biscoitos, bolachas, massas finas e massas populares. Tem negócios ainda no setor imobiliário e de hotelaria e um porto privado.
O Grupo M. Dias Branco associado ao Grupo Sarkis (SKS) é controlador da Companhia Industrial de Cimento Apodi, cuja sede está localizada em Fortaleza. Adria, Grande Moinho Aratu, Basilar, Grande Moinho Tambaú, Zabet, Moinho Dias Branco, GME, Grande Moinho Potiguar, Isabela, Fábrica Estrela, Fábrica Fortaleza, Vitarella, Pilar, Moinho Santa Lúcia são algumas das marcas associadas ao Grupo M. Dias Branco.
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